Diario duma alma reencarnada...
Primeiro quis ser...agora sou o oposto!
10 de out. de 2012
e nois
Nao há asas meu amor,
nao há pedidos
nao há sorrisos
existimos apenas
não temos alma
quando caimos na cama
cada um na sua
juntos no pensamento
quem es tu
quem sou eu
e onde ficamos
a cada acordar
a cada recomecar
eu preciso de ficar aqi
a humidade deste canto
e acolhedora
e o bafo do cigarro
so me torva a vista
para que mais um dia
será que é o destino que me instiga
para que insista
nao a futuro no amor
16 de ago. de 2012
A minha mensagem
Desce em mim
Chuva, desce assim
Vem sentar te ao meu lado
E conta me a história
De quem inventou o mundo
Como surgiu a criação
Vem chuva, até mim
Canta comigo esta canção
Desfaz mitos e anseios
Narra me todos esses feitos guerreiros
O vento da salvação
Que empurrou as caravelas desta nação
A inspiração de descobrimentos
A revolta dos sentimentos
E das lágrimas que ajudaste a limpar
Diz me oh chuva
Quem viste tu naufragar
E a quem deste de beber
Ou recusaste ajudar
Deixa me ser curioso por um minuto
Acreditar que não fui só eu a sofrer
Abafar esta solidão
Com tudo que tive de ler
Os dias passados a estudar
As rotas marítimas e o sistema solar
Que isto sirva para nós
Não me deixes afogar
Na glória dos nossos eternos avós
Sei que estou a divagar
E tu nem me queres ouvir
Mas explica me lá o chuva
Quem te mandou cair
Arruinar o meu sono
Trazer me de volta a um mundo que não e meu
Diz me de novo chuva
Afinal quem sou eu
E se o piano que toca no fundo
Não está assombrado
Com o sangue de Portugal
Que Tu me livres de todo mal
Até de ser português
Tira me a consciência
Afasta de mim os porquês
E a vontade de escrever
Tomba me a caneta para que eu pare de beber
Destas linhas, sôfregas linhas
Que pelos meus antepassados me foram dadas a conhecer
Com que trauteias a nossa sina
Já não quero mais saber
Como posso olhar nos olhos o futuro
Se o passado negro nos incrimina
E alma não está lavada
De uma história carnificina
Transforma-te chuva em amor
E vem sentar te a meu lado
Que já não aguento mais
A pesada herança deste fado.
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