28 de out. de 2010

Poças de paredes

LOUCURA
pedaço tao solido de mim
que escorre lentamente entre as brisas clareantes
deste breu taciturno
este que cobre
minhas mais secretas cobiças carnais
embuidas num espirito clemente de
NADA
um vazio que me percorre neste momento
faz me escrever
parece estranho querer escrever hoje
logo hoje vim escrever
e sem nada ter que dizer
e nada para contar
vim aqui escrever
para desabafar
que nada tenho novo para partilhar...
até a uma próxima loucura amiga
cuida te e toma a medicacao
que este tao fiel seguidor
procura nunca ser mais louco do que a razao
a razao que vence pela loucura de quem a defende...
PARA
sai de mim
nao digas isto outra vez
devaneios perdidos entre clareiras de medo
o bicho que vejo no tecto as 4.30 da manha
e que me faz companhia enquanto escrevo
parece me tao bem como eu
loucura amiga
fica com um beijo de despedida
sentido...

Mel que escorre pelas paredes de nossas casas

Hoje senti...
A DOR DE VIVER...
HOJE ACORDEI
cinco pas tres
e quis escrever
mas so um trespasse
na alma
me tornava mais subdito
duma vontade que de tao intensa
nunca lhes quis tocar
dai subdito de algo que nao conheco
tal qual
sem saber a quem me dirigir rogo


afasta te de mim
não percebes que nem tudo sao jardins
os espinhos que percorrem o rio
da vida
transformam verosimilhanças em carros de papel

AH loucuraaaa....

23 de out. de 2010

Mel de mim...

Afastei me do mundo que conheço
E onde réstias do que ficou
Nada mais são que pequenos pedaços de nada
Se não tomo a palavra hoje
Fica tudo por dizer
Conheci te perdido e sem sentido
Rumo distante como Alexandre o Magno
Chorar depois de tudo conquistado
E fugi
Alvitro para poder abraçar um mundo novo
Hoje ainda não sei quem sou
Nem porque aqui vim parar
Mas crio hoje a minha própria epopeia
E conquisto o meu próprio ser
Dou mais valor ao que vi partir
Choro agora
Lágrimas de mel
Que apagam os versos
Escritos com o meu próprio sangue
Esses versos que julguei para sempre fies
Tornam se agora pedaços de infinito vazio
E pergunto me
Sem nunca perceber como foi que aqui vim parar
Descobrimentos dum adamastor que nunca ninguém decidiu enfrentar
E ao invés do que sempre me vi cantar
“não sei para onde vou,
Nem sei por onde vou…
Mas sei que não vou por ai!”

Passo 1...

Luzes ao fundo num mar afogado
Num imenso breu
Reflexo da minha alma no céu
E a imensa calma
Que em mim navega
Sem nunca me perde
Ou encontrar…
A bússola partida
Não me faz desviar
Do rumo certo;
Estando tão longe,
Sinto-te tão perto…
Nada no mundo me toca
Como tu…
As saudades que me fazem gritar
A dor insuportável
Se passo um dia sem te falar
E tudo me é dado sem sentido
O que mais procuro
Está em ti,
Sorrisos, paixões…
És o farol no meio do nada
E sozinho vou-me afogar…
A cada passo mais perto
De me perder…
Salva-me…
Dá-me a mão….
Vem-me buscar!